Metade

Amanhã alcançaremos, em dias, metade da viagem como foi originalmente planejada.

Em quilômetros, já passamos da metade. Essa é uma viagem de aproximadamente 65.000 km e já percorremos 34.000 (lembrando que a circunferência da Terra tem 40.000 km).

Algumas conclusões dessa primeira parte:

  • A Ásia é um lugar fantástico para se visitar. Povo, comida, atrações, transportes, segurança e preços MUITO abaixo do turismo no Ocidente. 
  • Os chineses não nos querem aqui, não querem os turistas do Ocidente. O resto da Ásia é o oposto - hospitalidade incrível. 
  • Muitos mitos quebrados sobre o Japão. Só hotel é caro, mas o resto é muito tranquilo, inclusive táxi. A comida é super barata. Tokyo não é tão insano, com empurradores nos metrôs para caber as pessoas. Isso deve acontecer como as enchentes em São Paulo - de fato acontece, mas não todo dia.
  • O melhor lugar para comprar é... Estados Unidos. Tudo é feito na China, mas tudo É CARO na China por causa do controle do consumo. 
  • Eu li isso em dezenas de sites e, bingo - você SEMPRE vai trazer mais coisa do que precisa. A gente devia sair do Brasil com 2 ou 3 mudas de roupa e os remédios e ir comprando no caminho, conforme necessidade. 
  • Eu acho que não daria conta de fazer um sabático de um ano. 
  • A melhor parte de uma volta ao mundo é a comparação e os contrastes. Indo de um país ao outro na mesma viagem, você faz observações que não faria em viagens isoladas. 
  • Internet é um grande parceiro. TripAdvisor, Google Maps, Waze. Faz muita falta.
  • Carregue uma boa farmácia básica. Comprar remédio no exterior é impossível. Acho que 25% da minha mala é remédio e só usamos 1 ou 2 deles, mas a viagem teria estragado se NÃO TIVÉSSEMOS essas opções. 
  • Não se sinta obrigado a experimentar todas as culturas locais, respeite os seus limites. Depois de 2 noites comendo mal em Pequim, adotamos o Burger King com orgulho e com amor (até porque agora é empresa brasileira!). 
  • O Brasil é absolutamente nada por aqui. Ninguém conhece, ninguém sabe nada e, pior, não demonstram interesse. Vale para toda a América do Sul. 
  • Muita gente viaja e volta com saudades do maravilhoso país e povo brasileiro. Não é o meu caso, as notícias que leio do Brasil só me entristecem e ver como outros povos se comportam também dá uma certa vergonha de algumas características nossas. O que o Brasil tem de fantástico é a calmaria - no clima e em geopolítica. A Ásia quase toda vive sob ameaças de desastres naturais e militares.
  • É preciso carregar dólares em uma viagem dessas. Nem sempre você consegue sacar, muitos lugares não aceitam cartão - e o tal do dólar é dureza, resolve tudo. 
  • A Ásia redefine o gigantismo em infraestrutura, cidades e transportes. Aqueles aeroportos americanos que nos impressionam são modestos perto do que vemos aqui em aeroportos, trem, cidades e infra de forma geral. A Ásia não é brincadeira.


Quadro no Hotel Icon, em Hong Kong



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