Bali, com carinho

Passada a Indonésia, devo relatar que tivemos uma semana muito boa por lá, sobretudo pela hospitalidade do povo de Bali. Vamos ao relato. 

Bali não estava, nunca esteve no nosso planejamento. Acabou entrando para preencher os dias que cancelamos em Israel.

A chegada à Indonésia não é muito animadora. A imigração do aeroporto de Dempasar é uma piada, com 3 ou 4 agentes atendendo um volume imenso de turistas (chega 747 toda hora ali). 

Para entrar no país, você precisa comprar um visto de 30 dólares, e ai vem o seu primeiro contato com uma das moedas mais bizarras do mundo, a rúpia da Indonésia. Hoje, um dólar compra 11.704 rúpias, ou seja, um visto de 30 dólares custa mais de 350.000 rúpias. 

Para melhorar, a cédula mais alta da Indonésia é 100.000 rúpias, que dá R$ 19. 

Além da fila e da moeda bizarra, os funcionários da imigração lembram alguns brasileiros com "poderzite", que olham para as mulheres com lascívia e fazem piadas típicas de abuso de poder. O cidadão que carimbou o meu passaporte tirou o maior sarro da derrota brasileira na Copa do Mundo. 

Depois de passar pela imigração e de conhecer a rúpia, você é então apresentado ao que Bali tem de pior: o trânsito. Esqueça São Paulo e Rio, é muito, muito pior. Pense em fazer um trecho de 40km em 100 minutos e achar bom. 

Esse foi o começo, mas quando chegamos ao quarto do hotel e vimos o visual de Ubud, a hospitalidade do povo e o ambiente em geral, sentimos de fato a magia do lugar e acabamos nos apaixonando. 

A ilha é enorme e com vários destinos, por isso, seguimos à risca o precioso conselho do guru das viagens, Ricardo Freire: “o bom de Bali é Ubud, Ubud e Ubud”. E para Ubud nós fomos e ficamos. 

Quis o destino que a minha experiência em Bali fosse prejudicada por uma gripe que não chegou a derrubar totalmente, mas atrapalhou muito. Fora isso, vínhamos de turismo por algumas das maiores cidades do mundo. 

Somando então a gripe, o trânsito bizarro de Bali e uma já necessidade de relaxar em uma cidade menor, acabamos ficando quietos em Ubud mesmo - E ADORAMOS! 

Ouvimos muitas pessoas repetindo aquilo que eu tinha lido sobre as praias da Indonésia - uma merda, uma decepção. "Kuta é uma porcaria, eu deveria ter ficado só em Ubud", disse uma italiana com quem dividimos um carro. Bingo. Para não estressar com o trânsito, resolvemos dormir a última noite na praia de Jimbaran, que fica a 5km do aeroporto. A experiência foi bacana, mas reiteirou o que eu penso sobre o o turismo de praia: eu não me esforço para ir atrás de praia não. 

A comida de Bali é outro destaque - deliciosa, fresca e uma incrível combinação de frutos do mar e frutas, dando sabor e cor incríveis. Farei um post específico sobre. 

A saída do país guarda outra surpresinha - você precisa pagar OUTRA taxa, agora de saída, e essa só pode ser na moeda do país. São 200.000 rúpias (17 dólares) por pessoa. Coisas com cara de Brasil. 

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