7 de agosto, 21:50 em Tóquio. Chegamos há 24 horas e estamos nos recuperando do passivo físico causado pelo deslumbramento por conhecer um lugar tão idealizado, tão distante e com tantos "achismos" quanto o Japão.
Tóquio talvez tenha mexido com "meninos" da minha idade. Qualquer pessoa que assiste algo mais do que a Copa do Mundo sabe a importância de Tóquio para os times brasileiros de futebol. Crescemos vendo as bizarrices de Spectreman e outros enlatados japoneses. Lembro também de um seriado marcante da antiga TV Manchete que vi na escola. "Japão - Uma Viagem no Tempo", de 1986, de Walter Salles e narrado por José Wilker.
Fato é que sempre quis conhecer muitos lugares, mas Tóquio sempre teve um lugar especial.
Terminado o primeiro dia de exploração, já deu para constatar o que muitos dizem: o que faz o Japão ser tão especial é o seu povo. Não fosse ele, não teria como isso aqui dar certo. São educados, atenciosos, precisos, honestos, trabalhadores, disciplinados.
Não fosse um povo especial, não teriam transformado em potência um país que tinha tudo para dar errado.
Um arquipélago de 7.000 ilhas, com vizinhos encardidos no molho geopolítico. China, Rússia, as Coréias. Tem montanhas, vulcões, alpes, massas polares da Sibéria, tufões, um calor infernal no verão, chuvas devastadoras. 80 vulcões, 1000 sismos por ano. Tóquio foi devastada por terremotos em 1910, 1923 e sofreu no maior terremoto da história do Japão, em março de 2011, que ocorreu junto com um tsunami.
A história do Japão foi povoada por samurais, imperadores, monges budistas, guerras civis, até evangelistas portugueses... Mas o que mais impressiona é a virada que esse povo deu nos últimos 60 anos. Depois de sair derrotado da segunda GGM em 1945, o país perdeu milhões de vidas, viu sua infraestrutura ruir e, pior, sem dinheiro no caixa.
A recuperação, ou milagre econômico japonês, recebeu uma ajudazinha dos americanos de olho nos vizinhos vermelhos, mas com ajuda ou sem, o povo japonês conquistou alguns superlativos em um curto espaço de tempo.
Décima maior população do mundo.
Maior região metropolitana do mundo.
Terceira maior economia do mundo.
Quarto maior exportador e importador do mundo.
Décimo IDH do mundo.
Segunda menor taxa de homicídios do mundo.
Maior expectativa de vida do mundo.
Sede do maior banco do mundo.
Segunda maior bolsa de valores do mundo.
Uma cultura milenar, leve em alguns pontos e pesada em outros. Uma culinária fascinante. Uma competitividade tão ferrenha que faz com que os japoneses não queiram colocar mais filhos no mundo e tenham uma das maiores taxas de suicídio do mundo (mais de 30 mil ao ano).
Tudo isso é o Japão. Não dá para sair indiferente.
Em breve, detalhes de nossas impressões da cidade.
Tóquio talvez tenha mexido com "meninos" da minha idade. Qualquer pessoa que assiste algo mais do que a Copa do Mundo sabe a importância de Tóquio para os times brasileiros de futebol. Crescemos vendo as bizarrices de Spectreman e outros enlatados japoneses. Lembro também de um seriado marcante da antiga TV Manchete que vi na escola. "Japão - Uma Viagem no Tempo", de 1986, de Walter Salles e narrado por José Wilker.
Fato é que sempre quis conhecer muitos lugares, mas Tóquio sempre teve um lugar especial.
Terminado o primeiro dia de exploração, já deu para constatar o que muitos dizem: o que faz o Japão ser tão especial é o seu povo. Não fosse ele, não teria como isso aqui dar certo. São educados, atenciosos, precisos, honestos, trabalhadores, disciplinados.
Não fosse um povo especial, não teriam transformado em potência um país que tinha tudo para dar errado.
Um arquipélago de 7.000 ilhas, com vizinhos encardidos no molho geopolítico. China, Rússia, as Coréias. Tem montanhas, vulcões, alpes, massas polares da Sibéria, tufões, um calor infernal no verão, chuvas devastadoras. 80 vulcões, 1000 sismos por ano. Tóquio foi devastada por terremotos em 1910, 1923 e sofreu no maior terremoto da história do Japão, em março de 2011, que ocorreu junto com um tsunami.
A história do Japão foi povoada por samurais, imperadores, monges budistas, guerras civis, até evangelistas portugueses... Mas o que mais impressiona é a virada que esse povo deu nos últimos 60 anos. Depois de sair derrotado da segunda GGM em 1945, o país perdeu milhões de vidas, viu sua infraestrutura ruir e, pior, sem dinheiro no caixa.
A recuperação, ou milagre econômico japonês, recebeu uma ajudazinha dos americanos de olho nos vizinhos vermelhos, mas com ajuda ou sem, o povo japonês conquistou alguns superlativos em um curto espaço de tempo.
Décima maior população do mundo.
Maior região metropolitana do mundo.
Terceira maior economia do mundo.
Quarto maior exportador e importador do mundo.
Décimo IDH do mundo.
Segunda menor taxa de homicídios do mundo.
Maior expectativa de vida do mundo.
Sede do maior banco do mundo.
Segunda maior bolsa de valores do mundo.
Uma cultura milenar, leve em alguns pontos e pesada em outros. Uma culinária fascinante. Uma competitividade tão ferrenha que faz com que os japoneses não queiram colocar mais filhos no mundo e tenham uma das maiores taxas de suicídio do mundo (mais de 30 mil ao ano).
Tudo isso é o Japão. Não dá para sair indiferente.
Em breve, detalhes de nossas impressões da cidade.
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