Christiania - ou "Freetown" (cidade livre), como é chamada por seus moradores - é um experimento social, nome politicamente aceitável para descrever um gueto de maconheiros que fizeram a sua "A Ilha" no centro de Copenhague.
Foi criada em 1971 em uma antiga área militar abandonada no bairro de Christianshavn. No calor do movimento hippie, um grupo resolveu criar uma sociedade do zero.
Hoje, são cerca de 1000 moradores que vivem sob leis distintas, vivem uma anarquia que decide no consenso. Possuem um orçamento anual de uns 3 milhões de dólares, fruto do passa chapéu entre os locais e a renda turística do local. Decidem em assembléias o destino do din din.
Essa foto é na entrada principal, com dois totens em madeira. Andando uns metros há o Green District, aonde maconha é liberada. Vimos outras drogas em atividade.
Não há nada de improvisado, afinal, o local recebe mais de 1 milhão de turistas ao ano (o Brasil inteiro não recebe 6mm). Tudo é limpo, organizado, sinalizado. Uma tia saiu na garoa na nossa frente no meio de uma Bad Trip e tudo beleza, impera a anarquia mas com ordem.
Muitos turistas de 20 e poucos indo fumar um - e o jeitão indica ser coisa de alta qualidade.
Street Food é um programa imperdivel em qualquer destino e comemos um Hot dog fenomenal em Christiania. A vendedora, com luvas, tudo ajeitado.
A relação com o governo dinamarquês é tensa. Christiania é aceita, mas o governo tenta há anos colocar regras no negócio, sem sucesso. O povo local gosta da idéia de ter em seu país uma sociedade livre, mas há uma minoria oposicionista, reclamando de os Christianistas pagarem poucos impostos pela área super valorizada e, claro, das drogas.
A farra deve acabar graças a um projeto de regulamentação já aprovado pela maioria do parlamento.
Como passeio turístico, é absolutamente fantástico e imperdivel. Nem tanto pelo que se vê, mas pela convivência de um lugar tão diferente em um dos países mais desenvolvidos do mundo. Digo até que essa abertura compõe o alto grau de desenvolvimento dessa fantástica Dinamarca.
Para saber mais:
www.christiania.org
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